domingo, 29 de novembro de 2009

Convocatória para a Reunião Magna do MCCP

Caros(as) Senhores(as),


Ficamos muito sensibilizados e muito agradecemos a todos os que assinaram a Petição em seguimento ao Manifesto pelo Cineclube do Porto e a todos os que nos enviaram e-mails ou nos contactaram dando provas de interesse pela nossa acção.

Assim, no sentido de informarmos todos os interessados, apresentaremos as propostas que entendemos melhor para o Cineclube do Porto (CCP) num futuro imediato, troca de impressões e recolha de sugestões que certamente nos farão, temos o prazer de informar que na sexta-feira, dia 04 de Dezembro, pelas 18 horas, se realizará uma Reunião Magna no Palacete Viscondes de Balsemão (à Praça Carlos Alberto, 71 - Porto), gentilmente cedido pela Direcção Municipal da Cultura do Município do Porto.

Esperamos que a actual Direcção do Cineclube do Porto compareça e participe, igualmente, o que muito enriqueceria o conhecimento da presente situação do CCP, em todos os domínios.

A presença do maior número possível de interessados no Cineclube do Porto, no Cinema e na vida cultural da cidade do Porto possibilitará encontrar as melhores soluções, a resolução dos problemas que nos preocupam:

- A integridade e boa conservação do valioso Espólio

- As bases do funcionamento, logística e actividades do que pretendemos que seja no futuro o Cineclube do Porto.

Contamos, pois, com a vossa imprescindível presença.


O Movimento pelo Cineclube do Porto

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Manifesto do Movimento pelo Cineclube do Porto

.
O Cineclube do Porto faz parte da memória da cidade. Foi uma casa de encontro de cineastas, de gente da arte e da cultura, mas também de resistência e combate ao regime salazarista. Foi neste cineclube que tiveram lugar grandes acontecimentos culturais, como a Semana do Novo Cinema Português e as primeiras Conversações Cinematográficas Luso-espanholas. Não se cingindo às sessões regulares, o Cineclube do Porto alargou-se aos domínios da música e do cinema experimental e documental, de que o Auto de Floripes, é o melhor exemplo. Chegou a ser, nas décadas de 60-70, o maior Cineclube da Península Ibérica, com milhares de associados. O seu prestígio além-fronteiras era tal que foi aceite como representante dos cineclubes portugueses no acto da fundação da Federação Internacional de Cineclubes, que teve lugar no primeiro Festival de Cannes do pós-guerra - isto contra a vontade do Secretariado Nacional da Informação do Regime que pretendia, abusivamente, representá-los.

Neste contexto, um grupo de cidadãos portuenses, com o maior apreço pelo Cineclube do Porto e pelo importantíssimo papel que este desempenhou durante décadas, está preocupado com a situação actual. Várias vicissitudes fizeram com que esta instituição fosse definhando, pondo em risco o seu valiosíssimo acervo documental, bibliográfico (incluindo revistas especializadas, nacionais e estrangeiras) e filmográfico. Uma pequena parte deste espólio esteve já em exposição no Arquivo Histórico Municipal do Porto, situado na Casa do Infante, a propósito do Centenário de Manoel de Oliveira, entre Dezembro de 2008 e Fevereiro deste ano. Mas neste momento, as suas instalações degradam-se e a sede já foi objecto de uma acção de despejo e actos de vandalismo. A actividade cineclubista é também praticamente nula, sem exibições regulares ou qualquer abertura ao público. Inscrever-se como sócio é impossível, contactar com a Direcção também, conforme constatamos nas últimas semanas.

Face a esta situação, formou-se um Movimento, aberto e heterogéneo, de antigos dirigentes e sócios, membros de cineclubes universitários e outros apaixonados pelo Cinema. Pretendemos contribuir para renovar e dinamizar o Cineclube do Porto, restaurar o seu prestígio e importância histórica na cidade, que reclama há muito uma alternativa de Cinema.

Todos os antigos cineclubistas, e todos aqueles que gostem de Cinema, serão bem-vindos a esta causa. Para assinar este manifesto e acompanhar a acção do movimento consulte http://movimentocineclubedoporto.blogspot.com/, ou escreva-nos para http://www.blogger.com/movimento.cineclubedoporto@gmail.com.


Os signatários,

Manuel Joaquim Poças Pintão
André de Oliveira e Sousa
Manuel Vitorino
Sérgio Paulo Almeida
Maria João Cocco da Fonseca
Pedro Leitão
André Santos


ASSINE O MANIFESTO

JPN: Cineclube do Porto quer ultrapassar inércia, "de preferência" com uma nova direcção.

Ex-sócios e antigos directores querem, em conjunto com a actual direcção, modernizar o Cineclube. Ainda antes de convocar novas eleições, é tempo de avaliar o estado da associação.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Era uma vez, havia cinemas no Porto

o Manifesto na Blitz
(veja os comentários dos leitores da revista e deixe também o seu contributo.)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

sábado, 14 de novembro de 2009

Comentários

Alguns comentários deixados pelos assinantes do manifesto

Em Lisboa a cinemateca tem ciclos de cimena interessantíssimos. E no Porto? Apenas a Medeia filmes consegue ter alternativa aos filmes comerciais, mas não chega!
Carmo Mascarenhas, Psicóloga

Também eu, integrei a secção de formato reduzido nos anos 60 e frequentei o curso de cinema, dirigido por José Ernesto de Sousa, além das actividades regulares. Estou disponível, e até o CCT/TEP para ajudar a encontrar uma solução para o Cine-Clube do Porto.
Júlio de Oliveira Gago, Presidente do CCT/TEP

Parabéns àqueles que defendem a manutenção de espaços de atenção singular às mais diversas manifestações artísticas mesmo as menos alinhadas pelas lógicas comerciais. Esta é uma forma valiosíssima de intervenção pública-política!
Rui Miguel Ivo Lopes, Sociólogo

Pela História e pelo Património valores a conservar
António Manuel Araújo Morais, Funcionário Público

Ok, boa ideia, mas atenção: nada de nostalgia, memória com sentido prospectivo alinhada pelos sinais do tempo. Reclamam-se acções criativas, de preferência insurgentes.
Jorge Campos, Prof. Ensino Superior, Documentarista, Programador Cultural

O Cineclube foi local de aprendizagens únicas e penso que o pode muito bem continuar a ser.
Joaquim José Viana Fonseca

Com um Cineclube estaremos mais perto do bom cinema. A Invicta merece-o
J. Alexandre d' Almeida

Subscrição cinéfila sem política incluída
Hugo Pinheiro da Silva, Director Financeiro

sábado, 7 de novembro de 2009

Cinefilia de proximidade

José Vieira Mendes - 2009/11/07 (Público)

Estão a faltar (e há público para isso) pequenos cinemas que divulguem obras inovadoras, contemporâneas e de repertórioQuase 70% do mercado de exibição e distribuição de cinema em Portugal é dominado pela ZON Lusomundo. Mesmo assim, o país dispõe de uma excelente rede de salas que vendem mais de metade dos bilhetes de cinema. Estão associadas aos "multiplexes" e às cadeias de exibição, como a UCI/El Corte Inglés e agora os Cinema City: a sua programação só tem feito aumentar o gosto cinéfilo, acentuando a diferença do que é ver cinema em casa e ir às salas equipadas com som e imagem digital. Depois da "morte" do Quarteto em Lisboa e praticamente só com o King, os cinéfilos exigentes e público diversificado têm cada vez menos espaço para ver "outro cinema".

Ao parque cinematográfico português estão a faltar (e há público para isso) pequenos cinemas de um a três ecrãs que divulguem obras inovadoras, contemporâneas e de repertório, com uma programação de arte e ensaio, assente na qualidade, diversidade e independência. Com a facilidade que existe de ver cinema em casa e a dispersão do entretenimento doméstico, cabe agora a essas salas alternativas ajudar o espectador a tornar-se um cinéfilo exigente com sentido crítico. Desta forma, para além das sessões programadas e dirigidas, em vários formatos e géneros (da curta-metragem ao documentário), estas salas poderão proporcionar ao espectador um conjunto de vantagens suplementares: atendimento personalizado, serviços associados (restaurante, bar de diversão nocturna, mediateca, galeria de arte, serviço educativo e de idosos, etc.), informação (revista ou sobre os filmes, encontros com realizadores e a crítica e uma programação alternativa onde se conjuguem outras artes e públicos (infantil e idoso). O grande objectivo destes espaços não-elitistas deverá ser a defesa do cinema como uma expressão artística singular, não sujeita aos critérios exclusivos do mercado.

Esta necessidade não pode ser exclusiva a Lisboa; pelo contrário, deverá ser globalmente harmoniosa em todo o país e, em particular, nas capitais de distrito onde muitos cineteatros estão fechados. Já existem algumas experiências dispersas, mas tudo isto só será possível com a sensibilidade dos poderes públicos e das autarquias. Isto é apoiar uma exploração sensata, concedendo apoios específicos à criação e a modernização das salas, para que mantenham uma programação diferente da forte concorrência dos "multiplexes" e, quanto mais não seja, através dos programas europeus ou pela conjugação de apoios entre o ICA - Instituto de Cinema e Audiovisual e DGA - Direcção-Geral das Artes.

in Público

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

EXPRESSO: Grupo de antigos sócios preocupados com o abandono do Cineclube do Porto lançam manifesto

Porto, 04 Out (Lusa) - Um grupo de antigos sócios do Cineclube do Porto está preocupado com a situação de abandono em que se encontra a instituição e pretende "contribuir para a sua dinamização e restaurar o seu prestígio na cidade"... (ver mais)


JN: Antigos sócios preocupados com Cineclude do Porto


Um manifesto ontem distribuído no Porto por um grupo de cidadãos e antigos sócios sublinha que "o Cineclube do Porto faz parte da memória da cidade, foi uma casa de encontro de cineastas, de gente da arte e da cultura, mas também de resistência e combate ao regime salazarista" ... (ver mais)